Ocaso

Performance

Performance inspirada na Trágica visão do homem: Ato sem Palavras II de Samuel Beckett . Nesta, assiste-se outra vez a uma parábola da existência humana, da vida rotineira, monótona, absurda e que Camus tão bem expressa, quando escreve, em O Mito de Sísifo: Levantar, bonde, quatro horas de escritório ou de fábrica, refeição, quatro horas de trabalho, refeição, sono e segunda-feira terça feira, quarta-feira quuinta-feira sexta-feira e sábado no mesmo rítmo, este caminho se segue facilmente a maior parte do tempo.
É a vida e seu círculo vicioso: qualquer que seja aquilo que se faça, ou como se faça, lá está a morte a aguardar o homem.
Na performance Ocaso a câmera de vídeo funciona como um achado que permite a criação de colagens multimídia de uma elegante simplicidade. A idéia é conectar a câmera no projetor multimídia, permitindo a composição de imagens ao vivo, gravando e projetando a performance em tempo real. Durante a performance, a câmera de vídeo funciona como uma extensão do corpo, isto é, as imagens de vídeo funcionam como artefatos-espelho para a persona da performance.

Documentação:

Performance realizada no Poetcosmos, Teatro SESC de Iracema, Fortaleza, 2008.