Restos de Gente

Teatro Invisível

Segundo Augusto Boal, o Teatro Invisível consiste na representação de uma cena em ambientes que não sejam o teatro, e diante de pessos que não sejam expectadores. O lugar pode ser "público" ou "privado". As pessoas que assistem à cena serão as pessoas que aí se econtrarem acidentalmente. Durante todo o "espetáculo", essas pessoas não devem sequer descofiar de que se trata de um espetáculo, pois se assim fosse, imediatamente se transformariam em "espectadores".
O Teatro Invisível deve "explodir" em um determinado local de grande afluência de pessoas. Todas as pessoas próximas devem ser envolvidas pela explosão, e os efeitos desta muitas vezes perduram até depois de muito tempo de terminada a cena. No Teatro Invisível é importante que se tenha uma direção de cena, sobretudo quando o objetivo é confrontar pessoas com Situ-Ações que se expressam claramente a opressão. "Se deve elaborar formas de atuação que assegurem a trasmissão da mensagem prevista".
Esse tipo de teatro possibilita um trabalho com Situ-Ações de conflito onde os atores e espect-atores podem atuar livremente. É importante insistir que, nesta forma de teatro os atores não se podem revelar como tais: precisamente nisso reside o caráter invisível desta forma de fazer teatro. E precisamente este caráter de invísibilidade fará com que o espect-ator atue livremente, totalmente, como se estivesse vivendo uma Situ-Ação real: afinal de contas a Situ-Ação é real!
No Teatro Invisível, os rituais teatrais são abolidos: existe apenas o teatro, sem suas formas velhas e gastas. A energia teatral é completamente liberdade, e o impacto que este teatro livre causa é muito mais violento e duradouro.


Trabalho de Arte-Ação realizado durante experiência formativa de Teatro do Oprimido com o CTO-RIO.