Estudo de Ambientes Externos e Sensações Interiores; Uma reflexão sobre a Arquitetura da Solidão.

60º Salão de Abril 2009 "Qual O Lugar da Arte?"



dESCRIÇÃO
Prospecção em ambientes urbanos de intensa circulação de pedestres onde os performers executam partituras de Situ-Ações Performativas que interagem e interferem na “coreografia do cotidiano”.
As Situ-Ações Performativas ocupam-se da exploração da dimensão física, social e mental do corpo em relação com o cenário material da vida, isto é, a relação do corpo com a urbanística e a arquitetura e os comportamentos provocados nessa relação.
7 performers e 3 Situ-Ações Performativas realizadas em 7 momentos durante 7 semanas em pontos selecionados da Praça do Passeio Público e nas ruas Major Facundo e Senador Alencar.
As Situ-Ações Performativas criadas levam em consideração o espaço físico o qual se propõe intervir, estabelecendo assim, uma relação não só com a arquitetura e tecido urbano, mas principalmente com os transeuntes que circulam nesses espaços.
Estes eventos-ações serão projetados em função do espectador, propondo-lhe uma rara experiência fenomenológica e crítica da realidade.

sITU-aÇÕES
1ª Situ-Ação Performativa
7 performers executam 3 movimentos iguais, simples, rígidos, lentos e contínuos em momentos e espaços diferentes.
Movimento 1
Os performers iniciam totalmente estáticos chamando a atenção para a imobilidade de seu corpo em um ambiente em constante movimento, para a semiose urbana, para possíveis silêncios e para o barulho que abita os espaços (paisagem sonora). O objetivo é explorar através de uma sucessão de quadros vivos o potencial dramático da imobilidade e a percepção do espaço através do não-movimento.
Movimento 2
Os performers descem lentamente ate o chão e sentam-se.A instrução é movimentar-se dentro de uma lógica interna, totalmente absorvido no pensamento de que seu corpo movimenta-se o mais devagar possível.Recomenda-se que os performers não teatralizem a ação de sentar-se no chão, mas concentre-se em “levar um tempo extra” para realizar o movimento, que geralmente, é apressado.
Movimento 3
O cotovelo apóia-se na perna, a coluna curva-se, o rosto inclinado caído sobre a mão expressa a palidez, e o olhar, perdido no infinito.Uma sensação? Frio.Um sabor? Amargo.Uma Cor? PretoUm Desejo? A Inércia Completa.
2ª Situ-Ação Performativa
7 performers executam 2 movimentos iguais, simples e em tempo natural em momentos e espaços diferentes.
Movimento 1
Os performers andam naturalmente em ambientes urbanos de intensa circulação de pedestres e páram em espaços selecionados de cara para parede. A instrução é movimentar-se dentro de uma lógica interna, totalmente absorvido no pensamento de que seu corpo movimenta-se de maneira natural.Recomenda-se que os performers não teatralizem a ação de andar, mas que concentrem-se em “levar um tempo natural” para realizar o movimento.
Movimento 2
De cara para parede os performers ficam totalmente estáticos chamando a atenção para a imobilidade de seus corpos em um ambiente em constante movimento, para a semiose urbana, para possíveis silêncios e para o barulho que abita os espaços (paisagem sonora).O objetivo é explorar através de uma sucessão de quadros vivos o potencial dramático da imobilidade e a percepção do espaço através do não-movimento.
3ª Situ-Ação Performativa
7 performers executam 2 movimentos iguais, simples e em tempo natural em espaços e momentos diferentes.
Movimento 1
Os performers iniciam totalmente estáticos chamando a atenção para a imobilidade de seu corpo em um ambiente em constante movimento, para a semiose urbana, para possíveis silêncios e para o barulho que abita os espaços (paisagem sonora). O objetivo é explorar através de uma sucessão de quadros vivos o potencial dramático da imobilidade e a percepção do espaço através do não-movimento.
Movimento 2
Os performers fecham os olhos e em seguida puxam grandes punhados de cabelo repetida e vigorosamente.

cONCEITO
O que a performance Estudo de Ambientes Externos e Sensações Interiores; Uma reflexão sobre a Arquitetura da Solidão propõe suscitar não são sensações incomuns.
A estimativa do numero de casos mundiais de depressão feita pela Organização Mundial da Saúde, estima que em maior ou menor grau, nada menos que 340 milhões de pessoas têm momentos como estes.
A função representacional da performance Estudo de Ambientes Externos e Sensações Interiores; Uma reflexão sobre a Arquitetura da Solidão consiste em oferecer corposignos, imagens, imagens que serão vistas por quantidades consideráveis de pessoas projetando a problemática da depressão na esfera pública.
A arte como instrumento de ação social.

fICHA tÉCNICA
Título: Estudo de Ambientes Externos e Sensações Interiores; Uma reflexão sobre a Arquitetura da Solidão.
Pesquisa, Criação e Execução: Coletivo Curto Circuito.
Gênero da manifestação artística: Performance.
Dias: 24/ 09, 01/10, 08/10, 15/10, 22/10, 29/10 e 05/11 de 2009
Produção executiva: eSCOLA DE bENS iMATERIAIS.

dOCUMENTAÇÃO

24/ 09/09 - Fortaleza-CE.
Performer: Joubert Arraias.

01/10/09 - Fortaleza-CE.
Performer: David da Paz.

08/10/09 - Fortaleza-CE.
Performer: Liduina Lins.

15/10/09 - Fortaleza-CE.
Performer: Viviane Pereira.

22/10/09 - Fortaleza-CE.
Performer: Naiana Cabral.

29/10/09 - Fortaleza-CE
Performer: Daniel Pizamiglio

05/11/09 - Fortaleza-CE
Performer: Tatiana Valente

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Salão de Abril divulga selecionados para a 60ª edição
27/07/2009
Dos 434 trabalhos inscritos de todo o Brasil, 30 foram escolhidos para integrar a mostra
A Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), divulga a lista de selecionados para o 60º Salão de Abril. Com o tema “Qual o lugar da arte?”, a mais tradicional mostra de artes visuais da cidade se propõe a refletir a relação do homem com o espaço, a questão da identidade e da coletividade e o papel da arte na contemporaneidade, instigando o pensamento sobre o lugar que esta ocupa. Os 434 trabalhos inscritos na 60ª edição do Salão do Abril passaram pelo olhar apurado dos curadores Suely Rolnik (SP), Olívio Tavares (SP) e Cláudia Sampaio (CE), críticos de arte e artistas de renome nacional. A seleção levou em consideração o potencial sensível das obras, que se apresentassem de maneira rigorosa e que formassem um certo diálogo entre si. Em relação aos selecionados para a mostra de rua, os trabalhos selecionados deveriam abrir um espaço sensível na cidade.Do total de inscritos, 30 foram selecionados para compor essa edição, entre desenhos, esculturas, gravuras, instalações, fotografias, objetos, pinturas, performances, intervenções urbanas e videoarte. A lista completa dos selecionados está disponível no portal da Prefeitura (www.fortaleza.ce.gov.br), nos sites da Secultfor (www.fortaleza.ce.gov.br/cultura) e do Salão de Abril (www.salaodeabril.ce.gov.br). Além de integrar a mostra oficial, cada artista selecionado será agraciado com cachê no valor de R$ 2,5 mil (dois mil e quinhentos reais). As obras ficarão expostas no Passeio Público e nas ruas Major Facundo e Senador Alencar, indo ao encontro do Centro de Referência do Professor e da Galeria Antônio Bandeira - constituindo um conjunto de intervenções urbanas no coração da cidade, entre os dias 24 de setembro a 7 de novembro de 2009. A proposta do 60º Salão de Abril é aproximar a arte da população, principalmente aquela que não percorre o circuito das galerias e museus, franqueando o acesso à produção artística contemporânea de Fortaleza e do Brasil e instituindo novos espaços para fruição artística, inseridos em espaços urbanos de valor afetivo e histórico, além de sugerir com esse circuito, um diálogo entre a rua e a galeria.Ao longo de sua história, começada em 1943 sob o fogo da Ditadura e da 2ª Guerra Mundial, o Salão de Abril enfrentou resistências devido ao seu caráter inovador e à ousadia dos trabalhos realizados pelos artistas de Fortaleza. Hoje inserido no circuito nacional das artes visuais, o Salão de Abril tornou-se um símbolo local, que vem potencializar a vocação para as artes que a cidade expressa das mais diversas formas, seja nos museus, nos ateliês, nas galerias, nas ruas, nas escolas e nos centros culturais espalhados pelos bairros; e um importante canal de exibição e fruição da produção artística. Ao completar 60 edições, a mostra se consolida como um espaço de construção de uma política pública ampla e diversificada para as artes visuais.Serviço - 60º Salão de Abril: Qual o lugar da arte? Realização da exposição: 24 de setembro a 7 de novembro de 2009Realização do evento: 18 de abril a 7 de novembro de 2009
Confira a relação dos selecionados:

Adélia L.S. Klinke
SP
Sem Título I / II
Pintura

Alexandre P. Frangioni
SP
Os Leonardos / Movie
Fotografia

Amalia Giacomini
RJ
Fuga
Objeto

Ana Luiza Kalaydjian Sanazar
SP
Dividida / Anuch Luritza I e II
Performance

Antonio Fábio C. Magalhães
BA
Próximo Segundo
Pintura

Bruno Vieira de Britto
PE
Vista Inevitável (Diptico)
Objeto

Celina C. Des. Portella
RJ
Movimento Detenidos
Video-Arte

David Santos da Paz
CE
Uma reflexão sobre a arquitetura da solidão
Performance

Elton Lúcio dos Santos
MG
Sem Título I / II
Pintura

Estevão Machado Gontijo
MG
Valma 1137A / Paulo 8208
Pintura

Eusebio Gomes de Melo
CE
Insonolência
Video Instalação

Fabiano de A.Araruna Silva
RJ
Ajuda # 01-SHOPTIME / Ajuda # 04-TIM
Fotografia/ Web-Art

Fabíola de A. Salles Mariano
SP
Convergência e Dispersão a partir do vermelho
Intervenção Urbana

Fabricio da Silva T. Carvalho
MG
O silêncio do martelo
Intervenção Urbana

Gilberto Gomes de Carvalho
SP
Szondi Test em 48 retratos e um ato - frente e verso
Gravura

João Teixeira Castilho
MG
Tempero
Fotografia

Julio Cesar Fernandes Lira
CE
Aos não humanos
Video-Arte

Julio Cesar Leite Imperiano
PB
Croma - Homenagem ao Azul
Intervenção Urbana

Karina Liliane Zen
SC
O sujeito depois de esculpido e fotografado
Instalação

Leticia Rita Souza Reis
SP
Circuito em Redes
Intervenção Urbana

Lilia Moema Rezende Santana
CE
Eu quero é R$ 2.500,00
Intervenção Performática

Mariana Mifano Galender
SP
Da Série Respiradores #1 / # 2
Fotografia

Maura castanheira Grimaldi
SP
S/T ( #2 e # 4)
Pintura

Maxwel Pereira Batista
RN
Se Acabó Lo Mejor I / II
Video-Arte

Nara Amélia Melo da Silva
RS
Assim que Encontrei...
Gravura

Pedro David De O.C. Branco
MG
S/T Diptico da Série Aluga-se I / II
Fotografia

Raoni M. R. de Albuquerque
RJ
Série: Sinalização Urbana
Intervenção Urbana

Ricardo Gomes da Silva
SP
Espaço Revelado
Fotografia

Robézio de Oliveira Marques
CE
Click
Intervenção Urbana

Simone Barreto de Andrade
CE
Espaço Ateliê
Intervenção Urbana