SITUACIONAUTAS

SITUACIONAUTAS #1
Inventando Situ-Ações Performativas e navegando por trajetórias entre signos no espaço público urbano.




DESCRIÇÃO
Prospecção cênica em ambientes urbanos de intensa circulação de pedestres onde os performers executam partituras de Situ-Ações Performativas que interagem e interferem na “coreografia do cotidiano”.
As Situ-Ações Performativas criadas levam em consideração o espaço físico o qual se propõe intervir, estabelecendo, assim, uma relação não só com a arquitetura e tecido urbano, mas principalmente com os transeuntes que circulam nesses espaços. Ocupam-se da exploração da dimensão física, social e mental do corpo em relação com o cenário material da vida, isto é, a relação do corpo com a urbanística e a arquitetura e os comportamentos provocados nessa relação.
Esses modelos práticos de performance, têm a atenção centrada nos espaços urbanos de intensa circulação de usuários, pois, o objetivo é interagir com “público ocasional”, partindo de Situ-Ações que rompem e refletem o cotidiano do pedestre.
Estes eventos-ações serão projetados em função do espectador (público-vivenciador-ocasional), propondo-lhe uma rara experiência fenomenológica e crítica da realidade.
Trata-se da realização de intervenções-obras-experiências pontuais e efêmeras, mergulhadas em observações sociológicas, filosóficas e políticas. Experimentos que associam estética com ética.
Para tanto, propomos engendrar durante 4 semanas (entre 9 de outubro e 7 de novembro) 4 performances que estabeleçam um amplo diálogo com o espaço público urbano (quadrilátero formado pela Avenida Dom Manuel, Avenida Duque de Caxias, Avenida Tristão Gonçalves e Rua Castro e Silva) da cidade de Fortaleza e seu habitante.

PERCEPTOS
Na arte contemporânea a cidade é cada vez mais objeto de intervenções de artistas. Mais do que estar nas ruas levando a obra para um público amplo, o pensamento que funda este projeto surge da interpretação da arquitetura e da organização espacial, buscando desvelar e renovar os sentidos dos lugares. A intervenção artística funciona como um elemento questionador e vitalizador da vida urbana.
O ponto de partida deste, sem embargo, é que os espaços físicos sempre são espaços sociais e, do mesmo modo, as atribuições de significação também estão estruturadas por fatos sociais.
É da união entre artista e vínculo social que as novas formas estéticas são ampliadas, ultrapassando uma mera transmissão de dados informativos e históricos, ou apenas satisfazendo a demanda de uma “novidade artística” comprometida com a tendência do momento.
Propõe a cada indivíduo outras perspectivas para perceber o espaço da cidade, percebendo-se dentro dela.

Pesquisa, invenção e realização: Coletivo Curto-Circuito
Performers: Airton Lima, David da Paz, George Sander, Naiana Cabral e Tathiane Paiva.
Registros: Ítalo Rodrigues
Produção Executiva: Escola de Bens Imateriais
Ano: 2010