Liberação da mulher, Liberação Humana.
Valie Export e Peter Weibel, Aus der mappe der Hundigkeit, 1968.
Segundo Roger Garaudy a opressão da mulher é a primeira, historicamente, de todas as opressões, antecedendo mesmo a opressão de classes, nascida com a escravidão, e a opressão de raças, oriunda dos imperialismos de Atenas e de Roma e, em seguida, do colonialismo ocidental. Engels sublinha em A Origem da Família, da propriedade privada e do Estado que essa opressão abriu, paralelamente à escravidão e à propriedade privada, a época - que se prolonga até os nossos dias - em que cada avanço constitui ao mesmo tempo um relativo passo atrás, pois o bem-estar e o desenvolvimento de uns são obtidos pelo sofrimento e pela asfixia dos outros. A mutação desejada exige uma tal mudança das estruturas e das mentalidades que a liberação das mulheres será a liberação humana.
Inspirados por Roger Garaudy e pela Ação Performativa O Dossier do Canino de Valie Export e Peter Weibel o Coletivo Curto-Circuito realizou em 8 de março de 2007 (dia Internacional da Mulher) a Performance Liberação da mulher, Liberação Humana na cidade de Fortaleza no Ceará.
A Economia em Questão
O projeto de Inserções em Circuitos Ideológicos foi iniciado em 1970 pelo brasileiro Cildo Meireles e opera com sistemas cotidianos de circulação, adotando uma estratégia de guerrilha ao tomar as redes como meio. O artista interfere em superfícies selecionadas de um sistema de circulação, subvertendo seus sentidos com palavras e frases contundentes que representam golpes certeiros nas situações vividas pela sociedade.
As Inserções em Circuitos Ideológicos funcionam no interior de sistemas cotidianos de circulação e trazem uma perspectiva mais ativista para a dimensão crítica do readymade duchampiano.
O Coletivo Curto-Circuito criou 16 carimbos contendo as sequintes provocações, reflexões e contra-informações:
- Onde reside o mistério do dinheiro?
- Da superioridade do sangue ao poder do dinheiro?
- O que é pior? que todos estão a venda ou que o preço é tão baixo?
- Você gasta tempo como se gasta dinheiro?
- Recu$e!
- O poder aquisitivo é a licença de aquisição do poder.
- Por tão pouco não vale a pena!
- É o dinheiro que só si olha.
- O dinheiro é que manda na vida!
- Sob o poder do dinheiro, o desejo é reprimido e a obediência é imposta.
- Estão tentando comprar a sua felicidade!
- Da superioriedade do dinheiro ao poder das quinquinharias.
- Enguanto houver dinheiro, nunca haverá o suficente para todos.
- O dinheiro apresenta-se como sujeito.
- O que o dinheiro não faz, muito dinheiro faz.
- O dinheiro vivo e frio.
Realização:Coletivo Curto-Circuito
Co-Produção: Escola de Bens Imateriais
2005.
O Ministério da Qualidade de Vida Adverte:
Propulsando Palavras-Protestos
O Desvio Mural ocupou um lugar central já na época dos Situacionistas e continua a mante-lo até hoje. Em 1966, um grupo de simpatizantes da IS, aproveitando-se da apatia dos 16 mil alunos da universidade de Estrasburgo, consequiu, mediante manobras hábeis, se apossar da União dos Estudantes de Esquerda.
Uttilizando o poder econômico que tinha, fundaram um clube para a reabilitação de Marx e Ravachol e encheram os muros da cidade com uma série de quadrinhos surrealistas, "a volta da coluna Durutti" (divulgada, em sequida, por toda a imprensa undergroud internacional), representando assim a superação da velha e retórica propaganda militante, rumo a uma nova comunicação política, que conjuga o slogam e a sabotagem científica dos supralugares e das trajetórias impostas.